Túpac Amaru – Nascido como José Gabriel Condorcanqui, o indígena peruano liderou o maior movimento anticolonialista das Américas antes de Simón Bolívar – e foi esquartejado pela coroa espanhola em 1781, dois anos antes do nascimento do Libertador. Ele não foi o primeiro nem o último Túpac Amaru (“serpente resplandescente” em quéchua): o nome pertencia originalmente a um ancestral paterno, o último imperador de Vilcabamba, enforcado em 1572. Inspirado pela descendência nobre e apoiado por dezenas de milhares de nativos, mestiços e criollos, Condorcanqui se apresentava como o rei inca redentor de todo o continente. No século 20, diversas guerrilhas se apropriaram desse símbolo indígena na luta armada contra governos autoritários de direita. O ex-presidente e senador uruguaio José Pepe Mujica também foi outro “tupamaro” famoso, com o grupo guerrilheiro de que participava tomando o nome de empréstimo – e um dos poucos que ainda não herdou o destino trágico do nome. Nos EUA, um casal de membros das Panteras Negras também quis homenagear o líder inca rebatizando o filho: Lesane Parish virou Tupac Shakur, um dos maiores rappers de todos os tempos.
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