México: feminicídios matam 10 por dia
Bolívia não permite candidatura de Evo ao Senado ▪ Eleições dominicanas são suspensas ▪ Conheça o “kanaval” haitiano ▪ País a país, um resumo das notícias do continente, no Giro Latino #18
Morrem dez mulheres por dia no México vítimas de feminicídio. A menina Fátima Cecilia Aldriguett, de só sete anos, entrou na conta: após dias desaparecida, foi encontrada no último final de semana, em uma lixeira, morta com sinais de tortura. No país dos homicídios, foi a gota d’água para que movimentos civis, incluindo organizações feministas, protestassem pedindo mais proteção. O presidente Andrés Manuel López Obrador prometeu medidas contra a violência e culpou a “decomposição social” fruto do neoliberalismo. Segundo o Secretariado Executivo do Sistema Nacional de Segurança Pública, até novembro de 2019, mais de 3 mil mulheres haviam sido assassinadas ao longo do último ano por serem mulheres.
Desse total, aponta o Observatório Cidadão Nacional do Feminicídio, pouco mais de 25% são investigados como crimes de gênero, o que só aumenta a pilha de casos à espera de atenção das autoridades em um país mergulhado em tantos tipos de violência. Na mesma semana em que o caso Fátima veio à tona, por exemplo, restos mortais de 24 pessoas, homens e mulheres com idades entre 20 e 40 anos, foram localizados pela polícia de Michoacán. A prisão dos membros de uma gangue levou à descoberta de uma casa onde eram “desovados” os corpos das vítimas dos criminosos. Todos teriam sido executados nos últimos seis meses. López Obrador, que assumiu no final de 2018 tendo no combate à violência (em geral e também de gênero) o grande desafio para o futuro mexicano, está cada vez mais pressionado.
Com os dados alarmantes do México, o GIRO LATINO chega para a 18ª edição com as notícias do continente.
Esse email foi encaminhado por um amigo? Assine!
Un sonido:
Também no YouTube.
ARGENTINA 🇦🇷
Segundo a diretora do FMI, Kristalina Georgieva, o Fundo não oferecerá descontos para o pagamento da dívida, estimada em US$ 57 bilhões e acordada em 2018, ainda sob o governo Macri. “Entendemos a necessidade de analisar cuidadosamente o ônus da dívida; é trabalho do governo, não do FMI”, disse Georgieva, durante o encontro em Buenos Aires. Os prazos, no entanto, estão na agenda de negociação. Em La Nación.
Uma juíza reconheceu a existência de três progenitores legais de uma menina de nove anos, que, diante da Justiça, pediu para não ter que escolher a quem chamaria de pai (o biológico ou o que a reconheceu como filha no nascimento). Como também mantém contato com a mãe, a menina queria ser filha de três. E conseguiu, num caso inédito de filiação tripla. Em El País.
BOLÍVIA 🇧🇴
O TSE impugnou a candidatura parlamentar de Evo Morales, que pretendia voltar à política por meio de uma vaga no Senado. O órgão argumenta que Evo e seu antigo chanceler, Diego Pary, não podem concorrer por não residirem de forma permanente no país. Evo, vale lembrar, agora vive refugiado na Argentina. Já Luis Arce, apontado como sucessor de Evo na disputa presidencial e com vantagem nas pesquisas, teve a candidatura autorizada. Em El Deber.
O governo interino condecorou, na segunda (17), os policiais que se amotinaram em Cochabamba na véspera da derrubada de Evo Morales, em novembro. O episódio foi considerado simbólico da perda de suporte armado por parte do antigo governo, precipitando o pronunciamento militar do dia 10/11, denunciado pelos partidários de Evo como um golpe de Estado. Arturo Murillo, ministro do Interior da atual administração, referiu-se aos policiais como “a primeira barreira de contenção contra os narcoterroristas”. Em La Razón.
Un listín:
CHILE 🇨🇱
Temendo repetir o que o Brasil viveu em 2018 e tem se tornado uma tendência em eleições pelo mundo, o Serviço Eleitoral Chileno busca alternativas para combater as fake news nos meses até o plebiscito que, em 26/4, decidirá se o Chile avança no plano de escrever uma nova Constituição. Membros do governo e representantes do Facebook estão se reunindo para discutir o combate aos boatos e mentiras na rede social e em outros aplicativos da empresa, como o Instagram e o WhatsApp. As experiências anteriores de checagem de fatos da plataforma, porém, são pouco animadoras. Em La Tercera.
A primeira chilena com o novo coronavírus foi confirmada: é uma das passageiras do cruzeiro Diamond Princess, atracado na costa japonesa e cuja tripulação permaneceu em quarentena até esta semana. Ela está respondendo positivamente ao tratamento médico no Japão, mas ainda não há planos para seu retorno ao país natal. Um outro casal chileno que também se encontrava no navio, por sua vez, regressou ao país e testou negativo para o vírus. Ainda assim, serão submetidos à quarentena padrão por garantia. Em The Clinic.
Passados quatro meses da intensificação dos protestos, em meados de outubro, uma discussão inesperada mobiliza artistas no Chile: as pichações resultantes da mobilização social devem ser reduzidas a um mero ato de vandalismo ou merecem ser preservadas como uma manifestação artística dos anseios do país? O debate, em La Tercera.
COLÔMBIA 🇨🇴
Três semanas após anunciar dramaticamente seu adeus ao país, a Uber voltou a operar na Colômbia nesta quinta (20). A empresa havia sido obrigada a se retirar após as autoridades considerarem que o modelo de negócios era desleal com taxistas e outros transportadores. O retorno se deu acompanhado de uma manobra semântica: agora, sem prometer liderar uma revolução nos transportes, a Uber se anuncia como um simples aplicativo que faz a “ponte” entre motoristas que desejam alugar seus carros e os potenciais passageiros. Via Reuters.
Em medida inédita, o governo anunciou a criação de um “fundo de estabilização” dos preços do café, uma espécie de seguro que protegerá os produtores de eventuais quedas na cotação internacional do grão. Terceira maior nação cafeicultora do mundo, atrás de Brasil e Vietnã, a Colômbia destinará US$ 63,9 milhões ao fundo em seu primeiro ano de existência. Via Reuters.
Filhos do Carnaval? Uma das festividades mais famosas do continente nesta época do ano acontece em Barranquilla, e a tradição garante: nove meses depois, a região sente os efeitos nos índices de natalidade. Pois a Fundação para o Desenvolvimento do Caribe (Fundesarrollo) resolveu pesquisar o mito e concluiu que há, sim, um fundo de verdade: no departamento Atlântico, do qual Barranquilla é capital, os nascimentos entre outubro e novembro são mesmo maiores do que a média do resto da Colômbia. Na região, os nascidos nesses dois meses corresponderam a 19% do total entre 2008 e 2018, contra 16% no restante do país. Em El Heraldo.
Un nombre:
Murga – provavelmente uma corruptela de “música”, é o nome do ritmo que embala muitos carnavais pelo continente, como o uruguaio. Trazida da Espanha para o Rio de Prata no início do século 20, a murga mescla elementos teatrais e musicais e é acompanhada por instrumentos de percussão.
COSTA RICA 🇨🇷
A polícia está celebrando a maior apreensão de cocaína da história do país, realizada no último fim de semana no porto de Limón. Segundo as autoridades, foram encontradas cinco toneladas do narcótico, com valor estimado em US$ 136 milhões, em um contêiner de plantas decorativas. O navio partiria rumo a Roterdã, nos Países Baixos. Via Reuters.
CUBA 🇨🇺
Resquícios do conflito entre Havana e Washington vêm afetando empresas de países membros da União Europeia. Braço institucional do bloqueio econômico contra a ilha, a lei Helms-Burton (1996) permite processos contra estrangeiros que usam propriedades confiscadas pelo Estado cubano no pós-revolução. No Terra.
O presidente Miguel Díaz-Canel propõe promover uma política linguística que estimule o uso correto da gramática em universidades e em setores do governo. A ideia é corrigir sem deixar de levar em conta as diferentes realidades da ilha, tão afetada “pelos centros hegemônicos”. Na Prensa Latina.
EL SALVADOR 🇸🇻
Após ser alvo de críticas por invadir o Congresso com militares apoiadores – buscando pressionar parlamentares a aprovar um empréstimo milionário para um plano de retomada territorial contra gangues – o presidente Nayib Bukele discursou para 1,4 mil soldados, que agora serão integrados ao plano antipandillas, que visa a conter o crime no país. Na DW.
O governo de Salvador Sánchez Cerén, antecessor de Bukele que deixou a presidência em junho do ano passado, é acusado de pagar uma “mesada” a membros de gangues do país em troca de apoio eleitoral. A procuradoria salvadorenha afirma que Sánchez Cerén teria realizado, ao longo de dois anos, pagamentos mensais de 400 dólares a 16 pessoas ligadas ao crime organizado. Em La Prensa Gráfica.
O órgão responsável pelo acesso à informação pública ordenou que o governo reúna dados detalhados sobre o atentado que matou quatro jornalistas holandeses durante a guerra civil do país (1980-1992). Ao final do conflito, uma comissão da verdade feita junto à ONU concluiu que os europeus foram mortos a mando do coronel Mario Reyes Mena. Em El Salvador Times.
Pelo menos 11 pessoas morreram e mais de 30 ficaram feridas após um ônibus cair de um barranco na região de Chiltiupán, em uma das estradas mais perigosas do país. As péssimas condições de trânsito causam acidentes parecidos todos os meses. Em El Salvador Times.
Un hilo:
EQUADOR 🇪🇨
O presidente da Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie), Jaime Vargas, desmentiu a declaração do presidente guatemalteco Alejandro Giammattei de que a comitiva indígena teria sido expulsa do país centro-americano. As lideranças da Conaie, no entanto, investigam se houve alguma ordem de expulsão vinda do governo equatoriano, a quem acusam de “perseguição”. Membros da confederação foram à Guatemala após o aumento da violência nos protestos de outubro. Em El Universo.
GUATEMALA 🇬🇹
Uma nova suspeita de manipulação na eleição de ministros da Suprema Corte embaraça o país. Implicado em cinco denúncias diferentes de corrupção, o ex-secretário da Presidência, Gustavo Alejos, reuniu-se com postulantes ao cargo entre quarta-feira e domingo da semana passada, em caso que veio à tona nos últimos dias. O episódio ganhou contornos ainda mais nebulosos porque Alejos, já detido de maneira provisória na prisão de Matamoros, teria se aproveitado de uma hospitalização forjada para se encontrar com os candidatos. A suspeita é que Alejos, conhecido operador político, tenha cometido tráfico de influência para favorecer determinados concorrentes. Na Prensa Libre.
HAITI 🇭🇹
No Brasil, a Casa da Moeda iniciou um processo de incineração de mais de 63,7 milhões de cédulas inacabadas de gourdes, a moeda haitiana. A doação das notas foi feita durante o governo Lula, pouco depois de um terremoto devastar a pequena nação caribenha, em 2010. Na época, o exército brasileiro esteve à frente das missões de paz da ONU (Minustah), que permaneceu no país por 14 anos. No Poder 360.
Policiais encapuzados levaram o terror às ruas de Porto Príncipe, na quarta (19). À paisana, eles deram tiros para o alto e incendiaram carros, sem ser coibidos pelos colegas de farda. Os atos de violência foram um novo desdobramento de uma série de protestos por atualização salarial e melhores condições de trabalho. Desta vez, o estopim foi a demissão, no início da semana, de cinco policiais que haviam tentado formar um sindicato. Via AP.
A mesma polícia que protesta foi denunciada, na terça (18), por um relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. Segundo a ONU, os fardados deliberadamente se abstiveram de proteger a população da favela de Bel Air, um reduto opositor do governo, em uma onda de ataques no início de novembro. Na ocasião, representantes do governo teriam oferecido dinheiro para que a população local levantasse suas barricadas e interrompesse os protestos mas, após a negativa, casas foram incendiadas na comunidade e pelo menos três pessoas morreram, sem que a polícia agisse.
Un Carnaval:
HONDURAS 🇭🇳
O país está entre as prioridades brasileiras para negócios na América Central, ao lado da Guatemala, segundo indicaram as escalas do chanceler Ernesto Araújo em seu retorno do Canadá, onde o Grupo de Lima se reuniu na quinta (20). Ao dar preferência a hondurenhos e guatemaltecos, o Brasil pretende contrabalançar a influência de dois governos à esquerda na região: o democrático Andrés Manuel López Obrador, do México, e o autoritário Daniel Ortega, da Nicarágua. No Valor Econômico.
MÉXICO 🇲🇽
A Microsoft anunciou, na quinta (20), um plano de investir US$ 1,1 bilhão no país nos próximos cinco anos, financiando projetos de inovação, treinamento e armazenamento, com a criação de um centro de dados regional. Segundo a empresa, parte do dinheiro injetado no México também será utilizado para monitorar a situação de espécies ameaçadas de extinção no país. O presidente López Obrador saudou a iniciativa como uma mostra da confiança dos investidores no país. Via AP.
NICARÁGUA 🇳🇮
A oposição ao regime orteguista convocou uma manifestação contra o governo para a próxima terça-feira (25), na capital Manágua. Segundo os organizadores, o protesto cobrará a liberação dos presos políticos, detidos em manifestações anteriores que se arrastam ao longo dos últimos meses. Na quinta (20), as casas de Jaime Arellano e Lolo Blandino, principais líderes opositores, foram sitiadas pela polícia. Até o fechamento desta edição, eles garantiam que a marcha da semana que vem está mantida, apesar das ameaças. Em La Prensa.
PANAMÁ 🇵🇦
Uma nova constante em tempos de mudanças climáticas: a sucessão de crises hídricas no Panamá é a maior dor de cabeça para os administradores do famoso canal que corta o país. Com o nível das chuvas em 2019 ficando 20% abaixo da média histórica, diferentes medidas estão sendo tomadas: uma delas, válida desde o último sábado (15), é um incremento nas taxas de circulação de navios – enquanto durar a seca, a regra é: quanto mais baixo o nível da água, mais alta a porcentagem sobre o valor do “pedágio”, podendo chegar a um acréscimo de até 10%. A medida busca preservar as águas dos lagos Gatún e Alajuela, utilizadas não só para encher as eclusas do canal, mas também para o abastecimento de mais da metade da população do país. Em La Estrella de Panamá.
PARAGUAI 🇵🇾
O presidente Mario Abdo Benítez promulgou uma lei que enrijece o controle do Estado sobre o dinheiro sujo usado em campanhas políticas, após o texto passar pela aprovação do Congresso. O TSE determinou pouco menos de um mês para aplicação da medida, que passa a valer em 6/3, já de olho nas eleições municipais em novembro. A Justiça tenta acabar com a eleição dos que classifica como “narcodeputados”. NoABC Color.
PERU 🇵🇪
A Junta Nacional de Justiça iniciou processo disciplinar contra dois ex-procuradores-gerais do Peru, Pedro Chávarry Vallejos e Tomás Gálvez Villegas, suspeitos de integrar a organização criminosa conhecida como “Os Colarinhos Brancos do Porto”. Ampla rede de corrupção no sistema judicial peruano descoberta em 2018, o grupo dos Cuellos Blancos reuniria mais de cem juízes e procuradores. Eles são acusados de negociar a compra e venda sentenças, reduções de penas, trocas de favores e promoções, entre outros crimes. Em La República.
Foram encontrados os corpos de nove agricultores vítimas de um naufrágio na região da Amazônia peruana, onde se beijam os rios Inambari e San Gabán. O barco levava cerca de 30 pessoas até Puerto Manoa, quando tombou em meio à correnteza. Autoridades informam que 16 ainda estão desaparecidos. No EM.
Un clic:
PORTO RICO 🇵🇷
Opondo-se aos termos de reestruturação da dívida, o governo local vai aos tribunais contra os EUA. A dívida atual, avaliada em US$ 24 bilhões, já se arrasta desde 2015, quando o território associado aos norte-americanos viveu seus piores dias de administração. Em 2017, já destruído por corrupção e má gestão, Porto Rico declarou a maior bancarrota municipal da história dos EUA. Desde então, segue em recessão e ainda abalado pelos desastres naturais. Segundo o governo porto-riquenho, a resistência ao acordo se dá pela desigualdade de tratamento: embora reduza a dívida atual em até 70%, ele privilegia os credores enquanto corta os benefícios de aposentados e pensionistas da ilha em cerca de 8,5%. No Washington Post.
REPÚBLICA DOMINICANA 🇩🇴
Fiasco nas eleições municipais do último domingo (16): horas após abrir a votação, o governo anunciou a suspensão de todo o processo, alegando problemas com as urnas eletrônicas – que correspondiam a apenas 11% do total de urnas utilizadas. A oposição vê o caso com suspeita, alegando que o partido governista “sabia” que perderia e, sem ter como fraudar o sistema eletrônico, buscou uma maneira de garantir um processo totalmente analógico: novas eleições, apenas com cédulas de papel, foram marcadas para 15/3. A população tomou as ruas ao longo da semana em protesto contra a suspensão do processo. O pleito municipal dominicano atraiu atenções acima da média em 2020, por ser o primeiro a não ocorrer paralelamente com as eleições gerais, marcadas para maio – o resultado de domingo passado era anunciado como uma prévia do que se veria na corrida presidencial. No Hoy.
URUGUAI 🇺🇾
Um caso de corrupção internacional envolvendo a Odebrecht fez nova vítima: a contadora Maya Cikurel Spiller, mulher do ministro da Educação uruguaio nomeado pelo presidente eleito, Lacalle Pou (a posse acontece em março). Spiller foi presa enquanto tentava cruzar a cidade de Buenos Aires, pouco depois de descobrir que já era alvo da Interpol. O caso também envolve o ex-presidente do Panamá, Ricardo Martinelli, um velho conhecido da Justiça. A prisão da contadora diz respeito à empresa Arcadex Corporation, de Belize, supostamente usada para pagamento de propinas e lavagem de dinheiro. Em El País.
VENEZUELA 🇻🇪
Semana de sanções promovidas contra e pelo governo venezuelano. O Tesouro dos EUA adicionou à lista de sanções a corretora de petróleo Rosneft Trading, controlada pela Rússia e envolvida em negócios com a PDVSA (estatal venezuelana do petróleo). A medida levou Nicolás Maduro a decretar “emergência energética”. Ao mesmo tempo, chavistas suspenderam operações da companhia aérea portuguesa TAP por 90 dias, acusando-a de permitir que Juan Márquez, tio do opositor e adversário Juan Guaidó, viajasse com explosivos. Enquanto autoridades portuguesas investigam o caso, o presidente português Marcelo Rebelo condenou as medidas. No Efecto Cocuyo.
O governo Maduro tenta combater na própria Justiça norte-americana as sanções impostas pelos EUA. Para isso, buscou os serviços de uma nova firma de advocacia de Washington: a mudança de assistência legal veio após os advogados anteriores desistirem da causa venezuelana, fugindo das críticas de que estavam a serviço de um regime repressivo. O novo escritório teria mais experiência em lidar com o impacto negativo nas relações públicas: já representa os interesses da Turquia de Erdogan. Via AP.
O jornalista venezuelano Roberto Deniz, exilado há dois anos na Colômbia, diz que Maduro e Bolsonaro se parecem, no que diz respeito à relação com a imprensa. “O objetivo é desqualificar o jornalismo. No final das contas, eles querem que a opinião pública não acredite em nada”, disse, no 3º Encontro Folha de Jornalismo. Deniz pegou como gancho os ataques de Bolsonaro contra Patrícia Campos Mello, jornalista da mesma Folha.
Um grupo de 18 estudantes da Universidade Metropolitana de Caracas ganhou o certificado Modelo de Nações Unidas de Harvard, resultado da formação de uma delegação internacional que defende os interesses do país em crise. Sofrendo com o êxodo de alunos – muitos vão para o exterior para dar sequência aos estudos – a conquista foi recebida com satisfação pela comunidade local. No Pitazo.
O Giro Latino é uma newsletter produzida por Girão da América, Impedimento e Fronteira.