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🇪🇨 Maior vazamento de óleo do Equador no século desata crise e põe governo nas cordas

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GIRO #275 | Problema crônico no país, desastre petrolífero deixa bioma e até meio milhão de equatorianos em condição de risco; caso pode aumentar rechaço a Daniel Noboa, que tenta reeleição em abril

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mar 29, 2025
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🇪🇨 Maior vazamento de óleo do Equador no século desata crise e põe governo nas cordas
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Vazamento de petróleo na província de Esmeraldas é o maior no país desde 1998., atingindo pelo menos três grandes rios na região. Foto: Petroecuador

No último dia 13, um deslizamento de terra rompeu um cano e provocou um dos maiores desastres ambientais dos últimos 27 anos no Equador: um líquido denso e escuro começou a se espalhar silenciosamente pela província de Esmeraldas, na costa norte. Em poucos dias, mais de 25 mil barris de petróleo cru percorreram os rios Caple, Viche e Esmeraldas até desembocar no Oceano Pacífico. O evento deixou um rastro de destruição e desencadeou uma verdadeira crise humanitária em uma das zonas mais pobres do país.

A Secretaria Nacional de Gestão de Riscos detalhou as dimensões do vazamento: 240 mil hectares de área agrícola foram afetados e, pelos cálculos do órgão, 5.686 pessoas teriam sido diretamente impactadas. Os números destoam, no entanto, da conta feita por ONGs e autoridades locais: Vicko Villacís, prefeito da cidade de Esmeraldas (capital da província de mesmo nome), disse em entrevista que o total de afetados chegou a pelo menos “500 mil”, já que os efeitos da mancha de óleo alcançaram outros municípios na mesma bacia hidrográfica. O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários também citou a cifra de meio milhão de indivíduos impactados em seu boletim sobre o caso.

Duas semanas depois do início do desastre, as ações da empresa responsável – a estatal Petroecuador – ainda são consideradas insuficientes. As manchas de óleo seguem presentes nos rios, provocando problemas de saúde, escassez de alimentos e cortes no abastecimento de água pelo risco de contaminação. O governo equatoriano, por sua vez, corre contra o tempo para tentar controlar a crise enquanto entrega doações de água e comida, mas muitos estragos dificilmente serão revertidos em um país onde os acidentes petrolíferos já viraram rotina. O oleoduto, por outro lado, voltou a operar normalmente.


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