🌳Incêndios na Patagônia devastam 26 mil hectares na Argentina
GIRO #268 | Crise deixa um morto e desaloja centenas; enquanto Milei ignora o caso, autoridades locais falam em fogo provocado “intencionalmente”, com alertas ambientais em todo continente

Problema crônico em diversos cantos da América Latina, uma sequência de incêndios florestais na Patagônia argentina já devastou 26 mil hectares de florestas, pastagens, plantações e casas só neste verão, conforme um levantamento do Greenpeace atualizado na sexta-feira (7). O número é mais do que o triplo da área afetada entre outubro de 2023 e março de 2024.
Até o momento, há o registro de uma vítima fatal, além de centenas de moradias danificadas e dezenas de famílias desalojadas pelo fogo e o rápido avanço da fumaça. No último final de semana, os governadores das províncias de Chubut, Ignacio Torres, e de Río Negro, Alberto Weretilneck, comandantes de dois dos locais mais atingidos pela nova crise ambiental, declararam que os incêndios teriam sido provocados de forma intencional e prometeram ir “até as últimas consequências” para punir os responsáveis.
O ponto mais crítico é o Parque Nacional Nahuel Huapi, em Río Negro, onde cerca de 230 pessoas tentam conter as chamas, que já consumiram quase 11 mil hectares da reserva nos últimos 40 dias. O local é habitado por uma importante biodiversidade de espécies, como a lontra huillín, a rã do Challhuaco e o tuco-tuco colonial.
O novo episódio acende alertas para além da Argentina: se este janeiro foi o mais quente do qual se tem registro a nível global, a região latino-americana já convive há alguns anos com seu próprio inferno: o fogo cada vez mais frequente e devastador arrasou zonas que vão dos bosques secos da Bolívia à região chilena de Valparaíso, ameaçando também diversos biomas no Brasil e no México.