⚠️ EUA acirram caça a migrantes latinos e anunciam operação em estádio de Miami
GIRO #286 | Semana também é marcada por protestos em Los Angeles contra repressão de polícia migratória e fim de status humanitário; críticos denunciam “fantasias ditatoriais” vindas da Casa Branca

Todos os atropelos que prometiam pautar os Estados Unidos sob uma nova gestão de Donald Trump se consolidam em ritmo agressivo. Prestes a completar cinco meses na próxima quinta (20), a gestão republicana atingiu o que muitos já consideram ser – ao menos até aqui – o ponto mais inescrupuloso da ampla agenda antimigratória estadunidense desde a troca de comando na Casa Branca.
A nova ameaça dessa cruzada supremacista foi anunciada na quinta (12), quando o Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês) informou que expulsará centenas de milhares de migrantes de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela, pedindo que essas pessoas, a despeito de suas situações legais, se “autodeportem de forma imediata”.
A revogação desses status humanitários, concedidos em anos democratas a quem buscava viver e trabalhar legalmente nos EUA, acontece dias após Washington banir de forma sumária a entrada de cidadãos estrangeiros de 12 países – incluindo, entre os latino-americanos, qualquer civil com passaporte haitiano. Ato contínuo, uma medida aplicou restrições parciais de viagem a outra lista de nações, afetando nacionais de Cuba e Venezuela.
A caçada aos migrantes latino-americanos também avançou nos últimos dias, com a designação de funcionários de agências de imigração para a segurança em partidas de futebol da Copa do Mundo de Clubes, que começa neste sábado (14) e da qual participam vários times do continente. Já em Los Angeles, manifestantes se espalham pelas ruas há mais de uma semana contra a truculência da polícia migratória. As marchas foram abraçadas por outras cidades, no que se assoma como o maior movimento de resistência no que vai do ano.
O GIRO de hoje esmiúça uma crise que cresce, mas não surpreende.