🇦🇷 Cortes na educação desatam greve nacional contra Milei
GIRO #254 | Paralisações vêm após veto de presidente a reajuste no orçamento do ensino público; entidades denunciam maior corte em 30 anos e salários abaixo do nível da pobreza

A guerra declarada por Javier Milei à educação pública na Argentina desencadeou uma enxurrada de protestos que, nos últimos dias, tomou a forma de uma greve generalizada no setor. Os atos repudiam o veto do presidente à lei que previa uma série de reajustes orçamentários nas universidades públicas, incluindo aumentos para os defasados salários de professores e funcionários.
Se até a semana passada – quando a Câmara decidiu respaldar a canetada de Milei – os atos ficaram sob responsabilidade das frentes sindicais, a partir da última quarta-feira (16) a coisa escalou em todo o país: professores, estudantes universitários e grêmios estudantis de pelo menos 73 instituições públicas de ensino superior aderiram, em diferentes níveis, à greve inicial de 24 horas.
Cobrando melhores salários e o aumento do orçamento para o ensino, manifestantes se uniram “em defesa da educação nacional”, prometendo convocar atos ainda mais longos a partir da próxima semana, quando o Parlamento vai retomar os debates sobre os recursos que o Estado deve destinar às universidades a partir de 2025.