📰 Liberdade de imprensa em baixa
Ranking da Repórteres Sem Fronteiras traz pouco a celebrar para o continente
“Um ambiente cada vez mais hostil”. É assim que a organização Repórteres sem Fronteiras (RSF) define a América Latina quando o assunto é a segurança do profissional de imprensa. O destaque negativo vai para o México, segunda maior economia latino-americana: o país é o pior lugar para um jornalista viver, com o maior número de assassinatos. Desde 2000, pelo menos 130 foram mortos; dez só em 2020. A maioria dos casos está associada a investigações envolvendo o narcotráfico. país está em 143º lugar entre 180 avaliados. O Brasil não está muito melhor: é o 107º colocado do mundo. A queda de posições pelo segundo ano consecutivo está “largamente associada à chegada de Bolsonaro”, diz a entidade.
Manifesto. Na Bolívia, que ficou em 114º lugar, um manifesto assinado por escritores, intelectuais e artistas pediu ao governo interino de Jeanine Áñez uma ajuda emergencial aos principais jornais do país, que padecem à medida que a pandemia avança. A carta conjunta, proposta pela Associação Nacional de Imprensa (ANP), destaca a importância do trabalho da mídia e diz que a situação é urgente.
Pandemia. O trabalho jornalístico em meio à pandemia também preocupa. A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, criticou a situação, dizendo que alguns governos usam o momento para “restringir a informação e sufocar as críticas”. Como informado em uma das edições do GIRO, o governo de Porto Rico vem sendo acusado de intimidar jornalistas que criticam a má gestão da pandemia. No Brasil, onde a extrema direita se posiciona contra o trabalho da imprensa tradicional, a pandemia restaurou a confiança na mídia.
O lado bom. A Costa Rica segue como o país latino-americano com o melhor índice de liberdade de imprensa e o único em situação considerada “boa”. Os costa-riquenhos estão no 7º lugar do mundo, acima de países como Suíça, Alemanha ou Nova Zelândia. A classificação tem por base um questionário a profissionais do jornalismo e observadores, analisando aspectos como segurança jurídica, pluralismo, censura e abusos contra a imprensa, entre outros. Mais detalhes, no link.
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